O Brasil passa por um momento delicado, à medida em que se revelam inumeráveis malfeitos, termo moldado por gente ruim que (des)governa este país. Diariamente há novos escândalos, cometidos por políticos, empresários, pessoas comuns, parece que não ha excessões, parece ser DNA tupiniquim. Bem, mas o motivo deste artigo é mais doce e elevado, recuso-me a aprofundar neste lamaçal sócio-político-econômico, sob pena de descambar para o inevitável mau humor inegociável e pior, contagiante, nada resiliente. O que pretendo é destacar nestes tempos sombrios a importância e oportunidade de celebrarmos parcerias de bem, do bem, a bem da necessidade delas para sobrevivermos a tanto descaso, desvios de caráter, descaramentos. Pronto, viu como é fácil escorregar para o tom azedo?
Então, retomando, penso que justo neste tempo há grandes oportunidades para ajudar e ser ajudado, reconhecer complementaridades, buscar apoios e apoiar, elogiar e encorajar, traçar rotas alternativas deste deserto na direção do mar. Deixar-se tomar por manchetes de jornais, conversas de botequim ou desesperos domésticos não vão melhorar o stress, nem tampouco solucionar a crise. Volto então o meu olhar inicialmente para Deus, sem mistificar ou discursar evasivamente. "Bom é o Senhor para o que espera por Ele, para a alma que O Busca". (Lam 3.25). Como é vital ter essa experiência supra terrena. Segundo, olho para meus pontos fortes e saudáveis, aquelas competências e habilidades as quais domino e me dão identidade, quem sabe me fazendo único em algumas virtudes. Como isso é decisivo para sair da inércia.Terceiro, olho em torno, buscando as "qualidades luminosas" das pessoas que me cercam em 3 círculos. O primeiro é constituído por família, irmãos na fé e amigos chegados. O segundo faz-se de amigos distantes, colegas de trabalho, vizinhos. E o terceiro é composto por passantes, sei lá, aqueles com quem esbarramos no metrô, interagimos numa loja ou banco, na fila do Detran ou cinema.
São nestes encontros que percebo o quão saudável ou não estou mental, emocional e espiritualmente, na medida em que, sem ignorar o caos reinante, escolho os tons mais amenos, as falas mais afáveis, a negociação de opiniões, o relevar das diferenças, os tratos mais positivos, as ações mais solidárias e construtivas. Seja qual for a escolha, é oportuno lembrar que "O bom fermento leveda toda a massa" (Gal 5.9). No mínimo evito um AVC ou ataque de fúria, ou cardíaco. Até porque, seja como for, nao serão os Cunhas, Dilmas ou coisas piores (haverão?) que pagarão a minha conta hospitalar.
Beleza, então sem lero-lero, vamos à prática? 1. Já falou com o seu Deus hoje? E o que Ele respondeu, orientou? 2. Já percebeu seus talentos e dons hoje? O que planejou fazer e está fazendo com eles? 3. Já elogiou ou encorajou ao menos 3 pessoas hoje? Vai, ainda dá tempo. É agora ou...pule na lama!
